Esse
estudo não tem o condão de esgotar o assunto, mas apenas de
despertar o interesse dos leitores do nosso blog. Para
melhor aprofundamento, sugerimos a leitura do Livro dos Médiuns e
demais obras sobre o tema.
Obsessão,
segundo o espiritismo, seria a interferência prejudicial exercida
por um espírito sobre outro, sejam eles "encarnados" (i.e.
homens vivos) ou "desencarnados" (i.e. pessoas falecidas).
Alguns espíritas consideram a obsessão o "mal do século",
pois muitas são as suas manifestações e poucas são comunidades no
mundo que sabem como dela tratar integralmente.
No
que tange aos tipos possíveis de obsessão, a doutrina espírita
apresenta uma classificação em três graus de intensidade
crescente, a saber:
-
A obsessão simples, que ocorre quando um espírito ou
vários influenciam a mente de um médium com suas ideias, mas de
maneira tal que o médium consciente percebe. A obsessão simples
perturba, podendo causar constrangimento quando o médium
inexperiente exprime de forma desavisada pensamentos que não são
seus e somente se dá conta disso depois. No entanto, ele, médium,
permanece senhor de si mesmo e reconhece quando fala ou age sob
influência, sendo a ele possível, com estudo, aprender a
controlar-se. Um maneira de perceber quando o comando não é nosso é
perceber se alguém manipula seus atos com palavras no imperativo,
como por exemplo: faça isso, diga aquilo, vá por esse caminho. A
obsessão simples tanto pode ser resultado da ação de
espíritos voltados para o mal que querem prejudicar o médium por
sentir prazer nisso, como de espíritos que identificaram no médium
alguém que lhes prejudicou ou agrediu física ou moralmente em outra
existência e, não tendo evoluído a ponto de perdoá-lo, dele
buscam vingança.
- A
fascinação é uma ação direta e constante do
pensamento de um espírito sobre a mente do médium paralisando-lhe
o raciocínio de tal modo que este aceita tudo que lhe é passado
pelo espírito como a mais pura verdade, reproduzindo, desde
informações simplórias aos mais completos disparates, como se
fosse tudo fruto da mais profunda sabedoria. O espírito que se
dedica à fascinação de um médium é ardiloso pois, primeiro, ele
tem que ganhar a confiança irrestrita do médium para aos poucos ir
dominando seu raciocínio. Sugerimos a leitura do livro “Aconteceu
na Casa Espírita”, de Emanuel Cristiano, disponível em PDF
na internet. Na referida obra, o autor demonstra como são feitas as
investidas dos malfazejos para tentar o domínio daqueles que estão
em busca da evolução. A fascinação tanto pode ser uma ação
dirigida contra o médium, para fazê-lo parecer ridículo e, assim,
humilhá-lo, como uma ação dirigida a um grupo ou a toda uma
comunidade visando criar um movimento de oposição a outros
voltados ao bem e à busca da verdade. Trata-se de uma ilusão
criada diretamente pelo Espírito no pensamento do médium e que
paralisa de certa maneira a sua capacidade de julgar as
comunicações. O médium fascinado não se considera enganado. O
Espírito consegue inspirar-lhe uma confiança cega, impedindo-o de
ver a mistificação e de compreender o absurdo do que escreve,
mesmo quando este salta aos olhos de todos. A ilusão pode chegar a
ponto de levá-lo a considerar sublime a linguagem mais ridícula.
Enganam-se os que pensam que esse tipo de obsessão só pode atingir
as pessoas simples, ignorantes e desprovidas de senso. Os homens
mais atilados, mais instruídos e inteligentes noutro sentido, não
estão mais livres dessa ilusão, o que prova tratar-se de uma
aberração produzida por uma causa estranha, cuja influência os
subjuga. (LM. Cap. XXIII, 239). O fascinado recebe geralmente muito
mal os conselhos. A crítica o aborrece, irrita e faz embirrar com
as pessoas que não participam da sua admiração. Suspeitar do seu
obsessor é quase uma profanação, e é isso o que o Espírito
deseja, que se ponham de joelhos ante as suas palavras.
- A
subjugação
é
uma influência tão forte sobre a mente do médium que este não
mais raciocina nem age por si mesmo, agindo como marionete do
espírito ou dos espíritos que o influenciam. Os casos de
subjugação
são
os mais complexos, pois se trata sempre da ação de espíritos que
têm profundo ódio pelo médium, tudo fazendo para lhe arruinar a
existência. A subjugação pode ser moral ou corpórea. No primeiro
caso, o subjugado é levado a tomar decisões frequentemente
absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão
considera sensatas: é uma espécie de fascinação. No segundo
caso, o Espírito age sobre os órgãos materiais, provocando
movimentos involuntários. No médium escrevente produz uma
necessidade incessante de escrever, mesmo nos momentos mais
inoportunos. Vimos subjugados que, na falta de caneta ou lápis,
fingiam escrever com o dedo, onde quer que se encontre, mesmo nas
ruas, escrevendo em portas e paredes. A subjugação corpórea vai
às vezes mais longe, podendo levar a vítima aos atos mais
ridículos. Manias trejeitos, esgares, tiques nervosos e estados
permanente de irritação provêm em gral de subjugações
corpóreas.
Importante observar que encontramos três tipos de almas nos capítulos da obsessão: os nossos credores de outros tempos, os oportunistas que criam vínculos pela invigilância humana e os declarados adversários do bem.
Importante observar que encontramos três tipos de almas nos capítulos da obsessão: os nossos credores de outros tempos, os oportunistas que criam vínculos pela invigilância humana e os declarados adversários do bem.
Segundo
o livro dos Médiuns (243), reconhece-se a obsessão pelas seguintes
características:
1)
Insistência de um Espírito em comunicar-se queria ou não o
médium, pela escrita, pela audição, pela tiptologia etc.,
opondo-se a que outros Espíritos o façam.
2)
Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de
reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas.
3)
Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos
que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem
falsidades ou absurdos.
4)
Aceitação pelo médium dos elogios que lhe fazem os Espíritos que
se comunicam por seu intermédio.
5)
Disposição para se afastar das pessoas que podem esclarecê-lo.
6)
Levar a mal a crítica das comunicações que recebe.
7)
Necessidade incessante e inoportuna de escrever.
8)
Qualquer forma de constrangimento físico, dominando-lhe à vontade
e forçando-o a agir ou falar sem querer.
9)
Ruídos e transtornos em redor do médium, causados por ele ou
tendo-o por alvo.
Fonte: Internet
Como
forma de tratamento da obsessão, é importante que haja
interesse do obsidiado ou de pessoas a ele ligadas, como forma de
buscar efetivamente os meios e recursos necessários a debelação
do mal. Como o processo sempre tem raízes espirituais, um dos
primeiros cuidados é no sentido de que haja um entendimento
sobre o que está ocorrendo para que medidas acauteladoras e
certas sejam tomadas. Recomenda-se a prática de leituras
sadias, instrutivas, moralizantes, a frequência a reuniões de
esclarecimento doutrinário, o tratamento através de passes, as
realizações de preces e de meditação sobre assuntos de
interesses espirituais. Esses são alguns recursos necessários a
serem movimentados pelo interessado e pelos elementos a ele
ligados.
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