segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A terapia do abraço


O toque físico não é apenas agradável. Ele é necessário. A pesquisa científica respalda a teoria de que a estimulação pelo toque é absolutamente necessária para o nosso bem estar, tanto físico como emocional; também é reconhecido como uma ferramenta essencial para a cura é usado para ajudar a aliviar a dor, a depressão e a ansiedade; para estimular a vontade de viver dos pacientes; para ajudar os bebês prematuros...
O toque faz com que: sentimo-nos melhor com nós mesmos e com o ambiente à nossa volta; tem um efeito positivo sobre o desenvolvimento da linguagem e sobre o QI das crianças; provoca mudanças fisiológicas comprovadas naquele que toca e também em quem é tocado.
O toque pode se dar de diversas maneiras: o abraço é uma forma especial de toque, que contribui fundamentalmente para a cura, a saúde, a autoestima e a troca de energia (sempre do lado positivo e evolutivo); é democrático todo mundo tem o direito a um abraço.
O profissional que chamamos de Terapeuta do abraço, não atribui culpas, nem julga, mas ele (a) reconhece que muitos de nós, em nossa sociedade reprimida, não aprendemos a solicitar o apoio emocional de que precisamos. Se o amor ou o apoio, ou o divertimento tem sido insuficientes desde a infância, podemos sentir-nos machucados. Se os impactos do crescimento nos deixaram com pouca autoestima, podemos sentir indignos de amor, indignos de abraços.
Os profissionais dessa área não podem resolver todos esses problemas, mas podem respeitar as lutas intimas de cada um e oferecer compreensão, risos, palavras amigas e uma fartura de abraços.
A 
terapia do abraço não é apenas para os solitários ou para os que se sentem machucados; é para todos. Abraço é para todo o mundo. Nada acontece de uma hora para outra. Tudo tem o seu tempo, devemos respeitar cada um e o seu tempo, pois, para alguns, abraçar é muito difícil, precisa ser construída a confiança, respeitar as mensagens verbais e não-verbais do outro.
Uma boa saída para isso; (como já dissemos o abraço é democrático), porque não perguntar? "Eu gostaria de lhe dar um abraço". Os profissionais e eu acreditamos que a dádiva do toque é extremamente importante, assim como é importante a dádiva da aceitação!
Assuma a responsabilidade de expressar aquilo de que você precisa e a forma como você quer receber. Culpar os outros por não estarmos conseguindo deles o que precisamos é um erro comum que cometemos em nossos relacionamentos. Algumas pessoas são naturalmente sintonizadas e intuitivas com o respeito às necessidades e ao bem estar dos outros. Mas a maior parte de nós; especialmente se estivermos ocupados, preocupados com nossas próprias inseguranças; precisa de comunicação direta, explícita. Se quisermos abraços diferentes do habitual de que recebemos; precisamos dizer...
Então, precisamos estar dispostos a conciliar, bem como a entender que não receberemos sempre exatamente o que queremos quando queremos.
Para evitar esses conceitos reprimidos de nossa própria sociedade e até de nossa criação, vamos criar, ensinar, libertar nossas crianças de qualquer preconceito; abraçando-as com frequência, afetuosamente, oferecendo apoio, estímulo, amor, brincando e com muita suavidade, naturalidade e respeito; com certeza será um adulto mais livre; aceitável, mais seguro para dar e receber.

Fonte de estudo: A terapia do abraço de Kathleen Keating 

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