Os
marinheiros ou marujos são espíritos que em suas últimas
encarnações viveram do mar, pelo mar e para o mar, dentro de
embarcações. Alguns navegaram, outros submergiram nas águas
profundas, outros foram arrastados pelas ondas para dentro dele e
outros foram levados para outros lugares pelas correntes marítimas.
Esses espíritos, quando encarnados, foram capitães do mar,
comandantes de navios, soldados da marinha, bucaneiros, piratas,
pescadores, navegantes e todos os eternos amantes do mar e dos seus
mistérios.
No
lado espiritual, vivem submersos no fundo do mar, a realidade
aquática da vida, que é a região do povo d’água, os seres
aquáticos elementais da água. Nessa dimensão aquática, a água os
deixa firmes, ao contrário do que acontece quando incorporados. Na
matéria, cambaleiam de forma ondulada, balanceando, ao liberar o
poder de seu mistério por meio de ondas magnéticas no campo
espiritual do médium e do templo.
Incorporados
em seus médiuns, movimentam-se e dançam como se estivessem se
equilibrando sobre o tombadilho de um barco ou de um navio em alto
mar, mas o que realmente acontece é que eles se manifestam sob a
irradiação de Yemanjá, cujo magnetismo faz com que eles tenham os
movimentos das ondas do mar. Podem ser regidos também por outras
mães d’água, como Nanã, Oxum e até mesmo Obá, formando uma
linha de “povos da água”. Seus magnetismos aquáticos dão a
impressão de que o solo está se movendo sob seus pés e por isso
eles imitam os marujos nos tombadilhos dos navios.
Esses
espíritos são extrovertidos, alegres e cordiais, colocando os
consulentes à vontade. São magos nos mistérios aquáticos e
trazem-nos a possibilidade de libertação dos nossos entraves. A
forte vibração da energia aquática dilui cargas trevosas, purifica
pessoas e ambientes e atua no trabalho de cura.
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