TODOS
SÃO MÉDIUNS
A
faculdade mediúnica é inerente ao ser humano. Todas as criaturas a
possuem, em maior ou menor grau. Todos somos médiuns, mas costuma-se
chamar de médium a pessoa através da qual ocorrem, consciente ou
inconscientemente, manifestações evidentes, ostensivas, sejam de
natureza física ou intelectual. Tanto isso é verdade que mesmo
aqueles que nada conhecem e até contrários ao Espiritismo a possuem
e por seu intermédio ocorrem fenômenos sem saberem que são deles a
causa.
FINALIDADE
DA MEDIUNIDADE
Para
alguns é uma missão
de
que se incumbiram e cujo desempenho os faz ditosos.
Para
outros a Mediunidade lhes é concedida,
porque
precisam dela
para se melhorarem, para ficarem em condições de receberem bons
ensinamentos, de praticarem mais o amor ao próximo e a caridade.
A
mediunidade seja ela missão ou necessidade deve ser encarada como
uma oportunidade que Deus oferece à criatura.
MEDIUNIDADE
NÃO É PRIVILÉGIO
A
mediunidade não e um privilégio, por isso, geralmente, os que mais
necessitam são os que a possuem.
Não
devem, pois, os médiuns se considerarem melhores que outras pessoas,
nem tampouco a mediunidade ser motivo de vaidade e orgulho, mas sim,
encará-la
no sentido de tarefa,
de
serviço,
de
missão a
ser cumprida, com alegria e desinteresse.
MÉDIUNS
IMPERFEITOS
Entretanto,
médiuns há que manifestam repugnância ao uso de suas faculdades.
São
médiuns imperfeitos, desconhecem o valor da graça que receberam.
MEDIUNIDADE
– INSTRUMENTO
Como
vemos, a mediunidade pode ser considerada como verdadeiro instrumento
de redenção da criatura humana, que, ao usá-la com dignidade e
correção, tem oportunidade de exercitar as virtudes cristãs como a
humildade, o perdão, o amor e a caridade.
Sendo
uma faculdade como as outras que possuímos, pode de uma hora para
outra sofrer interrupções, sendo suspensa temporariamente ou não
mais funcionar.
A
SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE É MOTIVADA POR TRÊS CAUSAS
ADVERTÊNCIA
1ª
Advertência
MOSTRAR AO MÉDIUM QUE ELE É APENAS INSTRUMENTO
Quando
os Espíritos que sempre se comunicam por um determinado médium
deixam de o fazer, o fazem para provar
ao médium e
a todos que
eles são indispensáveis,
e que, sem o seu concurso simpático, nada se obterá.
Objetiva
provar
ao médium que ele é um simples instrumento e
que sem o concurso dos Espíritos nada faria.
2ª
Advertência
PELA FORMA DE CONDUTA DO MÉDIUM
No
mais das vezes, a
suspensão da mediunidade se prende à forma pela qual o médium vem
se conduzindo,
deixando a desejar sob o ponto de vista moral e doutrinário.
Ocorre
quando o médium não está correspondendo às instruções dos
Espíritos Superiores do ponto de vista moral e doutrinário.
Se
o Espírito verifica que o médium já não corresponde às
suas visitas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos
que lhe dá, afasta-se,
em busca de um protegido mais digno
(LM,
2ª parte, cap. 17, item 220, 3ª Questão)
3ª
Advertência
QUANDO A MEDIUNIDADE É TRANSFORMADA EM PROFISSÃO
Os chamados
"profissionais da mediunidade" não se agastam em receber
pagamentos, quer sob a forma de dinheiro, presentes, favores,
privilégios ou até mesmo dependência afetiva ou emocional.
4ª Advertência
QUANDO A MEDIUNIDADE SERVE AO MÉDIUM COMO FRIVOLIDADE
Ocorre quando o
médium se serve da faculdade mediúnica para atender a coisas
frívolas ou com propósitos ambiciosos e desvirtuados.
Como coisas
frívolas, citamos a prática dos "ledores da sorte".
Infelizmente, este desvirtuamento da verdadeira prática mediúnica
existe em larga escala, e, mais cedo ou mais tarde, tais médiuns
terão que prestar contas ao Senhor da aplicação feita dos talentos
recebidos.
FIM DA
ADVERTÊNCIA
Geralmente, a
suspensão por advertência é por algum tempo e a faculdade volta a
funcionar, cessada a causa que motivou a suspensão.
BENEVOLÊNCIA
1ª Benevolência
MOTIVADA POR
DOENÇA OU ESGOTAMENTO FÍSICO DO MÉDIUM
Ocorre como um
verdadeiro benefício ao médium por que evita que ele, quando
debilitado por doença física, fique a mercê das entidades
inferiores.
Quando as forças do
médium estão esgotadas e seu poder de defesa fica reduzido, para
que não caia como presa fácil nas mãos de obsessores, sua
faculdade é suspensa, temporariamente, até que volte aos seu estado
normal e possa exercitar com eficiência.
Os mentores
espirituais não abandonam o médium que tem a sua faculdade
suspensa, o médium se encontra então na situação de uma pessoa
que perdesse temporariamente a vista, a qual, por isso, não deixaria
de estar rodeada de seus amigos, embora impossibilitada de os ver.
(LM, 2ª parte, cap. 17, item 220, 8ª Questão)
FIM DA
BENEVOLÊNCIA
Assim que volte ao
seu estado normal e possa exercitá-la com eficiência a mediunidade
retornará.
Sendo assim, a
interrupção da faculdade nem sempre é uma punição porque
demonstra a afeição e solicitude do Espírito para com o médium.
(LM, 2ª parte, cap. 17, item 220, 4ª Questão)
PROVAÇÃO
1ª Provação
Quando o médium,
apesar de se conduzir com acerto, ter o merecimento por boa conduta
moral e não necessitar de descanso, tem suas possibilidades
mediúnicas diminuídas ou interrompidas, com que fim isto ocorre?
O objetivo é o de
desenvolver a paciência, a resignação, experimentar a perseverança
e forçar o médium a meditar sobre o conteúdo das comunicações
recebidas.
Meditar, significa
ler com atenção; procurar entender o verdadeiro significado do que
lê, pensar cuidadosamente sobre o que aprendeu e buscar aplicar o
aprendido
FIM DA PROVAÇÃO
Geralmente,
este tipo de
suspensão é por algum tempo e
a faculdade volta a funcionar, cessada a causa que motivou a
suspensão.
MECANISMO DE AUMENTAR E DIMINUIR A PERCEPÇÃO MEDIÚNICA
O desenvolvimento e
o aceleramento dos chacras está ligado diretamente com a
mediunidade.
Para que o médium
assimile ou perceba mais o plano espiritual é necessário acelerar a
velocidade do chacra correspondente a sua mediunidade.
Ao organizar nossa
encarnação nossos chacras são preparados com a velocidade
compatível com a mediunidade que vamos ter.
O aceleramento
também pode se dar durante a encarnação, com a entrada de mais
energia espiritual através do chacra coronário e ou de mais energia
física através do chacra básico.
O movimento
giratório vorticoso dos chacras resulta do choque ou contato
turbilhonante das energias espirituais sutilíssimas descidas do
Alto, com forças físicas primárias, agressivas e vigorosas que
sobem da Terra carregadas de impurezas próprias do mundo.
Esse fenômeno é
algo semelhante às correntes de ar frio que descem de nuvens
carregadas de água e entram em choque com as correntes de ar quente
que sobem da crosta terráquea, resultando nos conhecidos fenômenos
atmosféricos dos ciclones, tufões ou redemoinhos de vento.
A quantidade de giro
é proporcional, quanto mais elevada maior é a absorção de
energias.
O aceleramento dos
chacras deve se dar de forma natural e progressiva à medida que o
homem promover o seu próprio crescimento espiritual.
Ao despertar o
chacra coronário através da nossa espiritualização, de forma
natural, irrigaremos com mais intensidade os demais chacras com
energia espiritual, ativando nossas percepções espirituais de cima
para baixo, dessa forma não correremos risco algum.
Para acelerar nossos
chacras os espíritos superiores dependem da nossa reforma moral,
porque se eles permitirem que entrem somente energia espiritual,
certamente irá acelerar os chacras e haverá mais percepção
espiritual, mas a pessoa não terá condições morais suficientes
para administrar este dom.
A medida que formos
melhorando a nossa moral os mentores espirituais alteram as telas de
proteção dos chacras permitindo que entrem mais energias
espirituais e físicas, dessa forma ocorre o aceleramento e em
consequência aumentam as percepções espirituais, mas de maneira
equilibrada.
Portanto, Dependendo
da nossa conduta durante a encarnação, principalmente a moral, os
chacras podem:
-
ser acelerados
para
aproveitarmos mais a oportunidade que nos foi dada;
-
ser desacelerados
para
evitarmos complicações por mau uso das percepções,
-
ou sua velocidade
ser mantida para
que as percepções fiquem estacionadas enquanto tivermos algum
problema de ordem moral a ser resolvido. Este é o caso de médiuns
que passam anos sem ter avanço nas suas percepções.
QUESTIONAMENTOS E
CONSIDERAÇÕES SOBRE
A SUSPENSÃO OU
PERDA DA MEDIUNIDADE
Por
que sinal se pode reconhecer a censura na interrupção da
mediunidade?
Que interrogue o
médium a sua consciência e pergunte a si mesmo que uso tem feito da
sua faculdade, que benefícios têm resultado para os outros, que
proveito tem tirado dos conselhos que lhe deram, e terá a resposta.
(LM, 2ª parte, cap. 17, item 220, 10ª Questão)
Quando a suspensão se torna definitiva?
No caso de não mais
funcionar a faculdade mediúnica, isto jamais se deve ao fato de o
médium ter encerrado a sua missão, como se costuma dizer, porque
toda missão encerrada com sucesso é prenúncio de nova tarefa que
logo se lhe segue, e assim, sucessivamente.
O que ocorre nestes
caso é a perda por abuso da mediunidade ou por doença grave.
O Médium com uma
idade avançada perde a mediunidade?
Quando
orientada para o bem pode fazer com que trabalhemos junto dela até
uma idade avançada. Temos o exemplo de Chico Xavier. Não teremos a
mesma energia ou a mesma quantidade de fluidos, porém, a sintonia
permanece permitindo que continuemos a ser instrumentos dos bons
espíritos.
Há
algum impedimento de mulheres grávidas participarem de reuniões
mediúnicas?
Não
é aconselhável. O processo reencarnatório do Espírito é uma
experiência delicada que envolve muitos aspectos energéticos e
psíquicos. Um deles é o estado psicológico da mãe que, sem sombra
de dúvidas, se altera por alguns meses, enquanto aguarda a chegada
do Espírito que lhe foi encaminhado como filho. Ela necessita de
tranquilidade, descanso e não deve se submeter a atividades que lhe
exijam grandes perdas de energias de qualquer natureza. Sabe-se que,
nas atividades de intercâmbio espiritual, há toda uma movimentação
de fluidos energizados, podendo haver gastos que poderá ser
prejudicial para a mulher em estado de gravidez. Além disso, há o
aspecto do reencarnante. É sabido pela ciência oficial da extrema
importância do equilíbrio e interação mãe-filho desde o ventre.
Por conta disso é prudente que se isente a mulher grávida das
tarefas da mediunidade. O melhor que ela poderá fazer será cuidar
de ter seu bebê em paz. Ao fazê-lo, estará praticando a caridade
maior, que é a de dar vida a um novo ser. Quando puder, retornará
às suas atividades mediúnicas normalmente.
Quando a
suspensão da Mediunidade pode ser cessada?
Quando cessar as
causas que motivaram a suspensão.
Situação mais
comum onde ocorre a perda irreversível da Mediunidade?
O mal uso é uma das
causas da perda da mediunidade.
As
características de quem abusa do exercício mediúnico são:
- acreditar-se
privilegiado por possuir a faculdade;
- não atender às
solicitações de estudo da Doutrina;
- achar que o guia
espiritual ensina tudo;
- não ter horário
para trabalhar mediunicamente, entregando-se à prática a qualquer
hora, ocasião e local;
- fazer trabalhos
mediúnicos habitualmente em casa domiciliar;
- cobrar monetária
ou moralmente pelos bens que eventualmente possa obter pela faculdade
mediúnica.
O médium que
emprega mal a sua faculdade está se candidatando:
- a ser veículo de
comunicações falsas;
- a ser vítima dos
maus Espíritos;
- à obsessão;
- a se constituir em
veículo de ideias fantasiosas nascidas de seu próprio Espírito
orgulhoso e pretensioso;
- à perda ou
suspensão da faculdade mediúnica.
PARA NÃO TERMOS
A MEDIUNIDADE SUSPENSA INTERROGUEMOS A NOSSA CONSCIÊNCIA.
Qual o uso que
temos feito da faculdade Mediúnica?
Qual o bem que
dela tem resultado para os outros?
Que proveito tem
tirado dos conselhos que obtém das comunicações?
Nenhum comentário:
Postar um comentário