O Divino Aterramento
"O Divino Aterramento começa com uma
reflexão prudente e eficaz para ativação da mente humana: de onde partimos
estamos fazendo o que pretendido? Do nada homem não teve origem, do todo o
homem não pode ficar. As caravanas de mensagens espirituais e bombardeios de
informações clamam por ouvintes a todo instante e as dádivas são recebidas para
os silenciadores de si. De onde cada um partiu foi deixada comunidade carente
de saber quando do retorno, daquele mensageiro que seguiu viagem com data
prevista de retorno, mas com difícil missão de cumprir até as entrelinhas do
convencionado. As hostes divinas seguem ao encontro daquele que entende a militância
e tem como natural as tarefas aceitas e despertadas do já prometido. Nada é
como antes, nada pode ficar imutável depois de toques leves de despertar. Ser
uma pessoa como outra qualquer é natural. Ser um ser humano como outro qualquer
nem sempre é atingido ou percebido. Parar para reflexão no chuveiro, fechar os
olhos diante do todo turbulento e silenciar, somente silenciar a mente para o
divino aterramento sentir pelos pés e seguindo seu fluxo curativo pelo corpo
perpassando por cada parte áurica até a abertura celestina. O divino
aterramento segue viagem para aqueles que sentem o que da terra vem e o que da
terra pode ser deixado. A facilidade do ter a terra para pisar somente é
sentido a falta quando prostrado em uma cama por freios da alma impetuosa. Os
freios seguem viagem para a tentativa fraterna do aterramento divino e para
possibilitar à criatura um contato com seu divino propósito. Falácias contadas
por um simples devaneio de um alguém cheirando a pó? Não, ditames de uma força
que representa um nível de aterramento já superado e recuperado o sentido do
divino usurpado por toda a carga disponibilizada nos que estão na carne. Esta
experiência é levada sem grandes considerações por muitos, limitando-se em
acumular problemas completamente imbecilizados e norteadores de alguém
profundamente mergulhado na falta de ter o que fazer com grande oportunidade de
mudar muita coisa. Assim, os problemas viram monstros e os dias seguem
embebecidos por remédios e vícios outros para esconder o grande vazio da
existência sem qualquer aterramento divino. Algumas caravanas até que ainda
escutam a palavra de um mensageiro, pastor de poucas ovelhas, mas muitas vezes
nem sabem o que estão a dizer e a ouvir. Perda de tempo de ambos os lados. Mais
válido ficar em casa escutando uma boa música e no dia a dia praticando boas
ações sem grandes intervenções de dogmas engessados e desatualizados. Para que
você precisa de muitos cabrestos? Ou segue junto do grupo pastoreado para
ajudar não só a si, ou melhor ficar em casa brincando de família feliz. Esse
último brinquedo é o mais usado pelas pessoas que vivem no vácuo da mais
profunda escuridão do enlouquecer do agora. Fugir do trabalho, fugir das
tarefas mínimas sociais, fugir de si mesmo e mergulhar em calabouços tão
sombrios que nem mesmo o sono consegue chegar perto. Afinal, para onde quer ir?
A morte? Essa seria uma possível solução em sua lista de intempéries, mas... A
morte não chega muito bem vestida para os fracos. Somente os fortes têm digno
momento de morte, antecipadamente sentido e alicerçado por Mestres. Quantas
vezes você está disposto a morrer na mesma existência? Será que juntando todo o
dinheiro já acumulado você pode pagar uma morte digna? Ou se você nem quer
juntar nada já que não levará nada diante da morte é fuga ou emburrecimento de
interpretação? As pessoas seguem batendo suas cabeças em busca de respostas
para muitas coisas que não têm respostas, colocando inclusive a culpa em Deus
pelas mazelas do mundo. Que Deus você acredita? No Deus piedoso e sempre pronto
para acolher os carentes e fracos? Ledo engano, camarada. Saia da posição de
mendigo de piedade e ande com suas próprias pernas, sem tantos escárnios. Quem
é mais mendigo: você ou aquela criatura suja que avista da janela? A resposta
dói como uma lança que atravessa seu corpo várias vezes sem parar, não é? Não
vale dizer que conhece alguém que essa mensagem se encaixaria perfeitamente,
pois estamos falando de você primeiro. O outro continuará sendo o outro,
cabendo a você ser quem você é e por meio do espelhamento o outro sentir que as
imagens estão diferentes e auto perceber que é hora de mudar. Mas... Mudar para
onde e por qual propósito? Muitos já me fizeram essa pergunta e em poucas
palavras respondi: Livre arbítrio do divino aterramento. Se você sente a terra
e sabe fazer bom uso dela, sempre terá uma fiel aliada para lhe acolher em
qualquer momento. Não precisa ir longe, basta tocar uma folha de qualquer
planta. E por falar em planta, já plantou a sua árvore? Já preencheu a receita
que todos seguem às cegas? Perdão, mas somente com gargalhadas devo responder a
tudo isso. Descobriu agora quem está enganando quem? Agora podemos conversar de
maneira mais clara porque já não mais está usando a ilusão como desculpa nem
Deus como seu escudo. Seja você mesmo de verdade sem levantar personagens e
acreditar nestes. A vida pode parecer fácil quando os sentidos de quem está a
executar vibram na mesma sintonia do coração áurico. Não precisa acreditar em
espíritos para entender o que falei, mas se quiser continuar escondido nessa
farsa de vida, boa sorte. E mesmo acreditando em espíritos, mesmo nunca
querendo voltar a ser um destes, você pode acolher algumas palavras aqui
registradas e fazer uma leve reflexão em poucos minutos de sensatez. Não é
difícil viver a vida, porém se torna difícil não acertar o que você realmente
é. Depois dessa etapa, procure entender que não só de mágica pode consertar
erros na vida. A mágica serve para entretenimento com muita pipoca e diversão.
Já a magia, muito procurada para o escambo trevoso, esta sempre fadada a nunca
dar o resultado pretendido com toques de crueldade e aprisionamento próprio.
Quem paga o preço pela magia encomendada, quem encomenda ou quem faz? A pessoa
que encomenda está a ativar no cosmos uma força contrária a si e a renegar o
propósito de vida, diante do desrespeito ao fluxo natural das ações. Já a
pessoa que executa tal farsa, limita-se em acreditar que a magia tem força e
pode até matar, mas na realidade é deixado viver por muitos longos anos para
saborear a perda de cada sentido para depois ser comido pelos mesmos bichos que
oferendou para o vácuo etérico. Para tudo há uma resposta. Vou agora deixando
meus últimos registros por agora para não tornar nossa conversa enfadonha
porque já deixei muito dever de casa para você. Não preciso assinar com títulos
à frente do meu nome, só não esqueça que tudo é passageiro e papel, por isso
que acredito mais na força da palavra de verdade escrita e acreditada. A
escolha de ser Pai e não somente Damião foi minha para deixar uma leveza em
palavras embrutecidas que por vezes tenho que deixar. Fica na força do bem e na
força do Deus acreditado. Afinal, quem pode mais nasce de dentro de você
respeitando todas as leis cármicas e de gestação universal. Sem grandes apegos,
caríssimo. Mais liberdade, por favor. "
Pai Damião.
Recebida por Thyago Avelino, em 9 de janeiro de 2016.
Pai Damião.
Recebida por Thyago Avelino, em 9 de janeiro de 2016.
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