Emmanuel - Sintonia Mental -
Candidato à Rendenção
Com relação a este tema, de tão
grande importância, nada melhor do que meditarmos nas palavras esclarecedoras
que nos são trazidas por Emmanuel (mentor espiritual de Francisco Cândido
Xavier), em seu Livro "Emmanuel":
"Ser médium é investir-se a
criatura de sagrada responsabilidade perante Deus e a própria consciência, uma
vez que é ser intérprete do pensamento das esferas espirituais, medianeiro
entre o Céu e a Terra.
Ser médium é algo de sublime,
determinando o imperativo da realização interior, a necessidade de o indivíduo
conquistar a si mesmo pela superação das qualidades negativas.
É necessário esclarecer-se que o
desenvolvimento da mediunidade não guarda relação com o desenvolvimento moral
dos médiuns. A faculdade propriamente dita se radica no organismo;
independentemente do moral. Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso
precisam mais do que as outras, para se melhorarem. Deus não recusa meios de
salvação aos culpados.
Não creiais que a faculdade
mediúnica seja dada somente para a correção de uma, ou duas pessoas, não. O
objetivo é mais alto: trata-se da Humanidade. Um médium é um instrumento
pouquíssimo importante, como indivíduo. Por isso, é que, quando damos
instruções que devem aproveitar à generalidade dos homens, nos servimos dos que
oferecem as facilidades necessárias. Tenha-se, porém, como certo que tempo virá
em que os médiuns serão muito comuns, de sorte que os bons Espíritos não
precisarão servir-se de maus instrumentos.
Felizes daqueles que, saturados
de boa-vontade e de fé, laboram devotadamente para que se espalhe no mundo a
Boa Nova da imortalidade.
Os médiuns, em sua generalidade,
não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram
desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das Leis Divinas, e
que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas
responsabilidades, o passado obscuro e delituoso.
Quase sempre, são Espíritos que
tombaram dos cumes sociais, pelo abuso do poder, da autoridade, da fortuna e da
inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor
do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade
e da virtude. São almas arrependidas que procuram arrebanhar todas as
felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto
esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável
insânia.
Humilhados e incompreendidos,
faz-se mister reconheçam todos os benefícios emanantes das dores que purificam
e regeneram, trabalhando para que representem, de fato, o exemplo da abnegação
e do desinteresse, reconquistando a felicidade perdida.
Todos os médiuns, para realizarem
dignamente a tarefa a que foram chamados a desempenhar no planeta, necessitam
identificar-se com o ideal de Jesus, buscando para alicerce de suas vidas o
ensinamento evangélico, em sua divina pureza; a eficácia de sua ação depende de
seu desprendimento e da sua caridade, necessitando compreender em toda a
amplitude, a verdade contida na afirmação do Mestre: "Daí de graça o que
de graça recebestes".
Devendo evitar, na sociedade, os
ambientes nocivos e viciosos, podem perfeitamente cumprir seus deveres e
qualquer posição social a que forem conduzidos, sendo uma de suas precípuas
obrigações melhorar o seu meio ambiente com o exemplo mais puro de verdadeira
assimilação da doutrina de que são pregoeiros.
O homem que se vence faz o seu
corpo espiritual apto a ingressar em outras esferas e, enquanto não
colaborardes pela obtenção desse organismo etéreo, através da virtude e do
dever cumprido, não saireis do círculo doloroso das reencarnações.
Sintonia Mental:
Nos esclarece o Espírito André
Luiz, no seu livro "Nos domínios da Mediunidade", psicografado por
Francisco Cândido Xavier:
"Mediunidade não basta só
por si.
É impossível saber que tipo de
onda mental assimilamos para conhecer da qualidade de nosso trabalho e o
ajuizar de nossa direção.
Em Mediunidade, portanto, não
podemos olvidar o problema da sintonia.
Atraímos os Espíritos que se
afinam conosco, tanto quanto somos por eles atraídos; e se é verdade que cada
um de nós somente pode dar conforme o que tem, é indiscutível que cada um
recebe de acordo com aquilo que dá.
Achando-se a mente na base de
todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam as características em
que se expressem, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os
tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitam fixar a luz que
jorra para nós, das esferas mais altas, através dos gênios da sabedoria e do
amor que supervisionam nossas experiências.
Procederam acertadamente aqueles
que compararam nosso mundo mental a um espelho. Refletimos as imagens que
criamos.
E, como não podemos fugir ao
imperativo da atração, somente retrataremos a claridade e a beleza se
instalarmos a beleza e a claridade no espelho de nossa vida íntima".
Os reflexos mentais, segundo a
sua natureza, favorecem-nos a estagnação ou nos impulsionam a jornada para a
frente, porque cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para
si mesma, nas reentrâncias do coração e da consciência, independentemente do
corpo físico, porque, observando a vida em sua essência de eternidade
gloriosas, a morte vale apenas como transição entre dois tipos da mesma
experiência, no "hoje imperecível".
Complementado o entendimento,
Martins Peralva ressalta que deve se convir, que será muito difícil aos
Mensageiros Celestes utilizarem-se, de modo permanente, de companheiros
encarnados sem a mais leve noção de responsabilidade, negligentes no cumprimento
dos deveres morais, impontuais, inteiramente alheios ao imperativo da própria
renovação para o bem, ou, ainda, inclinados à exploração inferior.
Cumpre-nos admitir que
dificilmente tomarão eles, os grandes Instrutores, por medianeiro definitivo
para as grandes realizações do Cristo, o médium que vê, apenas, na sua
faculdade, espetacular meio de produzir fenômenos, sem finalidade educativa
para si e para os outros.
A discriminação e importância do
problema mental poderão, talvez, ser melhor entendidos mediante o gráfico
organizado para o estudo e análise.
O nosso Espírito tem a
propriedade de criar formas, situações, coisas e paisagens, sabendo-nos
facultado, portanto, influenciar, benéfica ou maleficamente, a nós e aos
outros.
Tem o nosso Espírito não apenas a
faculdade de realizar tais criações. Tem-na também para dar-lhes vida ou
destruí-las. Ex. cenas violentas, tais como assassínios, etc... Poderão
permanecer durante longos anos no cenário da luta, até enquanto as suas
personagens lhes derem vida, pela própria projeção mental. Somente quando a luz
do esclarecimento felicitar o coração dos protagonistas, os tais "clichês
astrais" desaparecerão. Deixarão de existir, serão destruídos, porque
cessaram as energias que lhes davam vida.
Uma mente invigilante atrairá
entidades infelizes, vampirizadoras, porque certos Espíritos profundamente
materializados, arraigados, ainda, às paixões inferiores, nutrem-se,
alimentam-se dessas substâncias produzidas pela mente irresponsável ou
deseducada.
O médium não evangelizado,
irresponsável, será, via de regra, um permanente criador de imagens
deprimentes, a constituírem verdadeira "ponte magnética", pela qual
terão acesso as entidades perturbadoras.
A prática do Evangelho e o
conhecimento da Doutrina Espírita, pura e simples, estenderão ao coração do
médium as noções de fraternidade, transformar-lhe-ão o ambiente psíquico,
assegurando-lhe, em caráter definitivo, uma série de vantagens como:
·
Paz
interior;
·
Valiosas
amizades espirituais;
·
Defesa
contra a incursão de entidades da sombra;
·
Crédito
de confiança dos Espíritos Superiores;
·
Iluminação
própria;
·
Outorga
de tarefas de maior valia no serviço do Senhor.
Martins Peralva, no seu Livro
"Mediunidade e Evolução", capítulo 7, nos traz ensinamentos
preciosos, relacionado com a necessidade, em especial do médium, de sempre
estar estudando e buscando o aprimoramento espiritual.
Paz e Sabedoria