Reforma
íntima deve ser considerada como melhoria de nós mesmos e não a anulação
de uma parte de nós considerada ruim.
Uma
proposta de aperfeiçoamento gradativo cujo objetivo maior é a nossa felicidade.
Quem está
na reforma interior tem um referencial fundamental para se auto-analisar
ao longo da caminhada educativa, um termômetro das almas que se aprimoram:
inevitavelmente, quem se renova alcança a maior conquista das pessoas
livres e felizes: O prazer de viver.
Convenhamos
que há muitos companheiros queridos do nosso ideário satisfeitos com
o fato de apenas evitarem o mal, entretanto, estejamos alerta para a
única referência ética que servirá a cada um de nós no reino da
alma liberta da vida física: Fazer todo o bem que pudermos no
alcance de nossas forças.
Para
isso, somente trabalhando por uma intensa metamorfose nos reinos do
coração de onde procedem todos os males.
Nossas imperfeições
são balizas demarcatórias do que devemos evitar, um aprendizado que
pode ser aproveitado para avançarmos.
A postura
de “ser contra”o passado é um processo de negação do que fomos, do
qual a astúcia do orgulho aproveita para encobrir com ilusões acerca
de nossa personalidade.
O ensino
do Evangelho “reconcilia-te depressa com teu adversário enquanto estás a
caminho com ele” é um roteiro claro.
Essa
conciliação depende da nossa disposição de encarar a realidade sobre nós
próprios, olhar para o desconhecido mundo interior, vencer as “camadas de
orgulho do ego”, superar as defesas que criamos para esconder as
“sombras”e partir para uma decidida e gradativa investigação sobre o mundo
das reações pessoais ,através da auto-análise, sem medo do que
encontraremos.
Reformar
é formar novamente, dar nova forma.
Reforma íntima
nada mais é que dar nova direção aos valores que já possuímos e corrigir
deficiências cujas raízes ignoramos ou não temos motivação para mudar.
É dar nova
direção a qualidades que foram desenvolvidas na horizontalidade
evolutiva,que conduziram o homem às conquistas do mundo transitório.
Agora, sob a
tutela da visão imortalista, compete-nos dirigir os valores amealhados na
verticalidade para Deus, orientando as forças morais para as vitórias
eternas nos rumos da elevação espiritual pelo sentimento.
O passado está
arquivado como experiência intransferível e eterna; não há como matar o
passado, porém, podemos vitalizá-lo com novos e mais ricos potenciais do
espírito na busca do encontro como o ser divino, cravado na intimidade
profunda de nós próprios.
Não há como
extinguir o que aconteceu, todavia, podemos travar uma relação sadia
e construtora de paz com o pretérito...
Não são poucos
os companheiros que demonstram silencioso desespero quando percebem que o
esforço pessoal de melhoria parece insuficiente ou sem resultados.
Para a maioria
de nós, contrariedade significa que algo ou algum acontecimento não
saiu como esperávamos, por isso algumas criaturas costumam dizer: nada na
minha vida deu certo!
É tudo uma
questão de interpretação.
Quase sempre
essa expressão “não deu certo” quer dizer que não saiu conforme nosso
egoísmo.
O
desapontamento, portanto é altamente educativo quando a alma, ao
invés de optar pela tristeza e revolta, prefere enxergar o futuro
diverso daquele que planejou e, no qual a grande meta da felicidade pode e
deve estar incluída.
Procure retornar
ao ambiente sensório lentamente trazendo essa sensação de felicidade
consigo mesmo, de auto-amor.
Repita sempre a
vivência
O êxito
dependerá da disciplina na assiduidade e no cultivo do desejo de melhorar sua
vida integral.
Seja feliz
sempre.
Todos temos um
incomparável valor perante a vida,
compete-nos
descobri-lo e viver plenamente.
Wanderley S. de Oliveira/ Ermance Dufaux
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