Para
a Doutrina Espírita há três gêneros de doenças, a saber:
Doenças
Cármicas - São as congênitas e as hereditárias, resultantes
dos desequilíbrios que tivemos em vidas passadas.
As
doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O
acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação
fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo
energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos
vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago etc, arrastando um corolário de
sofrimentos.
As energias nocivas que provocam as doenças
espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantém no
perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao
nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias
nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos
mais energia negativa na reencarnação atual. Enquanto persistirem as energias
nocivas no perispírito, a cura não se completará.
Doenças
Adquiridas - São aquelas que chegam por
meio de uma sintonia com fluidos negativos. O que uma criatura colérica
vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas?
Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a
percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado
energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela,
pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. Aí, a pessoa vai ao
médico e este nada encontra.
Predisposições
(físicas ou espirituais) Para as Doenças
Provenientes de um ou vários desequilíbrios das
vidas passadas e/ou de tendências genéticas que, ante uma fragilidade na
presente existência, se manifestam sob a forma de doença (a predisposição é
cármica, mas a doença é adquirida).
O
surgimento das doenças
A cada pensamento, emoção, sensação ou sentimento
negativo, o perispírito imediatamente adquire uma forma mais densa e sua cor
fica mais escura, por causa da absorção de energias nocivas. Durante os
momentos de indisciplina, o homem mobiliza e atrai fluidos primários e
grosseiros, os quais se convertem em um resíduo denso e tóxico.
Devido à densidade, estas energias nocivas não
conseguem descer de imediato ao corpo físico e vão se acumulando no
perispírito. Com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem
dissolvidas ou não descerem ao corpo físico formam manchas e placas que aderem
à superfície do perispírito, comprometendo seu funcionamento e se agravando
quando a carga deletéria acumulada é aumentada com desatinos da existência
atual.
Em seus tratados didáticos, a medicina explica que,
no organismo do homem, desde seu nascimento físico, existem micróbios, bacilos,
vírus e bactérias capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade
ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, eles não causam incômodos,
doenças ou afecções mórbidas, pois ficam impedidos de terem uma proliferação
além da “cota -mínima” que o corpo humano pode suportar sem adoecer. No
entanto, quando esses germes ultrapassam o limite de segurança biológica fixado
pela sabedoria da natureza, motivados pela presença de energias nocivas no
corpo físico, eles se proliferam e destroem os tecidos de seu próprio
“hospedeiro”.
Partindo das estruturas energéticas do perispírito
na direção do corpo, em ondas sucessivas, essas radiações nocivas criam áreas
específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas
microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros
das necessidades morais para o indivíduo. Elas se alimentam destas energias
nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em
conseqüência, causando as doenças.
A recuperação do espírito enfermo só poderá ser
conseguida mediante a eliminação da carga tóxica que está impregnada em seu
perispírito. Embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação
construtiva no sentido de se purificar, ele não pode se subtrair dos
imperativos da Lei de Causa e Efeito. Para cada atitude corresponde um efeito
de idêntica expressão, impondo uma retificação de aprimoramento na mesma
proporção, ou seja, a pessoa tem que dispender um esforço para repor as
energias positivas da mesma maneira que dispende esforços para produzir as
energias negativas que se acumulam em seu perispírito.
O Espírito André Luíz explica que: “Os factores que
programam as condições do renascimento no corpo físico, são o resultado dos
atos e pensamentos das existências anteriores”. Por aqui constatamos que no que
se refere às doenças cármicas e às predisposições para as mesmas, somos
herdeiros de nós próprios.
Há dois comportamentos que marcam negativamente o
perispírito e que provocam as doenças cármicas: um deles, é a consciência
culpada, tanto pelo mal que fizemos – a nós e/ou aos outros –, como pelo bem
que deixamos de fazer (quando está nas nossas mãos realizar o bem e por egoísmo
ou comodismo, optamos por não o fazer); o outro, é o desejo de continuar
doente. Há pessoas que querem ficar ou continuar doentes, como uma maneira de
substituírem a carência afectiva que sentem. Esta atitude vai marcar fortemente
o perispírito, fazendo com que essa marca passe para outras vidas, onde o atual
desprezo pela saúde, será resgatado pelo desejo de a poder recuperar.
O leitor(a) pode pensar: “– Mas não há nada que se
possa fazer para suavizar as doenças cármicas?” E a resposta é um rotundo sim!
Vejamos
quais são então os meios de que dispomos para isso:
a) aceitar a doença com uma resignação ativa, ou
seja, fazendo um esforço constante para superar ou amenizar as limitações
desta, quer sejam físicas ou psíquicas;
b) nunca nos revoltarmos;
c) trabalhar a favor do próximo – o Mestre Jesus
assegurou-nos há mais de dois mil anos que “o amor cobre a multidão de pecados”
e assim, compreendemos que fazer o bem incondicionalmente é uma excelente
maneira de suavizarmos as nossas dívidas do passado e de amenizarmos as marcas
no nosso perispírito.
A
CURA DAS DOENÇAS
A cura está formada por três pontos básicos:
Ação
terapêutica da Fé
Querermos curar-nos e tornarmos este desejo cada
dia mais forte, é fundamental para qualquer cura. Mas para isso, precisamos de
acreditar em nós próprios e em Deus, e mudarmos a nossa atitude perante a
doença, isto é, temos que vê-la como um obstáculo que temos que ultrapassar. E
para nos ajudar a consegui-lo, devemos usar o recurso da prece sincera e
fervorosa, tal como no-lo aconselha O Evangelho Segundo o Espiritismo, no ponto
11 do cap. XXVII. É que, por meio da prece, entramos em sintonia com o Mundo
Maior, equilibrando o nosso ser e favorecendo a ação curativa dos Benfeitores
espirituais.
“A tua fé curou-te. Vai e não peques mais!” – disse
Jesus. Se aplicássemos esta recomendação do Mestre a toda a nossa vida, não
voltaríamos a adoecer.
A medicina atual conta já com inúmeras pesquisas
que demonstram a importância que tem o pensamento positivo no fortalecimento imunológico
do corpo físico, favorecendo a reação orgânica pela qual se obtém a cura.
E o Espírito Miramez comenta no seu livro Saúde,
psicografado pelo médium João Nunes Maia, que “não existe verdadeira cura sem
oração. Eis porque em todos os métodos de cura, a devemos usar para alcançarmos
o beijo de luz de Deus, que se transforma no nosso peito em magnetismo animal,
para curar os nossos semelhantes e a nós mesmos”.
Auto-conhecimento
Adenauer Novaes, no Psicologia do Evangelho diz-nos
que “querer ficar curado é não atribuir aos outros a responsabilidade pelo
processo da cura… O meu salvador sou eu”. Se nós imprimimos a nossa doença de
dentro para fora, é lógico que devemos curá-la da mesma maneira – de dentro
para fora. Só conhecendo as nossas tendências boas e más, seremos capazes de
nos curar. Mas para isso precisamos de fazer uma ação terapêutica em 3 passos,
na qual devemos, em primeiro lugar, identificar as causas do sofrimento; a
seguir, tentarmos compreender a razão desse sofrimento e assumirmos a atitude
correta; e finalmente, libertarmo-nos dos sentimentos negativos que temos
dentro de nós, como a mágoa, o rancor ou o ódio – libertação esta que só é
possível mediante o perdão.
Hoje em dia, a ciência médica já chegou à conclusão
de que é o estado psicológico da pessoa, isto é, o seu Espírito, que influencia
o estado de saúde ou de doença; já se sabe que, por exemplo, o perdoar-se
alguém, não só é necessário devido às concepções morais ou religiosas, mas
também é um imperativo, como meio de se curarem várias doenças crônicas.
Atualmente, em praticamente todo o mundo, os
psicólogos passaram a fazer parte das equipas médicas de Oncologia, para
fazerem terapia de recuperação da auto-estima aos pacientes, pois descobriu-se
que este é um componente que tem muito peso na cura do cancro.
Resignação
Dinâmica, isto é, aceitação da vontade de Deus.
Neste caso, a resignação é, em primeiro lugar,
aceitarmos a doença, mas termos a coragem de a enfrentar e de extirparmos ou
suavizarmos a sua causa; em segundo lugar, procurarmos o tratamento para a
mesma. Devemos fazer todos os tratamentos que estiverem ao nosso alcance,
através da medicina, da psicologia e também das terapias espirituais (passes,
palestras e desobsessão).
No entanto, devemos fazer aqui uma ressalva
importantíssima: Tudo aquilo que expusemos só dará resultado se a doença nos
tiver motivado para fazermos a nossa reforma íntima do bem!
Adenauer Novaes esclarece que “curar-se, é alcançar
uns níveis maiores na capacidade de nos amarmos a nós próprios, ao próximo, e à
vida”; e Roberto Brólio afirma que “a profilaxia das doenças da alma decorre do
conhecimento que cada qual deve ter das leis da vida, que são totalmente
voltadas para o bem”.
Fonte:http://aprendizadoespirita.wordpress.com
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