domingo, 5 de abril de 2015

Exu Guaridão Tranca-Ruas das Almas


O banquete está servido na Morado do Alto e os filhos ainda não chegaram à grande festa do Pai. As horas vão passando e nenhuma criatura dadivosa chega ... Ah! Finalmente uma carruagem chegando, deve ser o primeiro convidado. Naaaaaaaaaaaao. Somente os cavalos chegaram com o luxuoso veículo. Onde estão os convidados? Na verdade, ninguém chegou e nem chegará, porque os incrédulos vão aos banquetes como abutres em busca de alimentos podres, sendo que na verdadeira Morada a falsidade dos atos não consegue atravessar os portões e olhos dos guardiões. Por que então tantas vaidades e mentiras, quando na verdade seria mais fácil a exatidão das atitudes? A reflexão é chamada para invadir as residências íntimas de cada convidado e diga-se que o seu nome está nessa lista. Ou achava que era somente um conto de fadas ou devaneios de um solitário espírito? Reflita para onde quer seguir com a sua carruagem e quais banquetes queres usufruir, com quais companhias queres dividir as gargalhas e lamentações. Sim, lamentações fazem parte do grande banquete da vida, justamente para vigiar-se e saber o que tanto reclama e nada segue adiante para melhoria por mérito próprio. Confusão, caos... Agora te peguei a pensar que tudo não está ao seu controle, não é? Realmente, uma conversa a dois de forma franca faz muito bem e agora acabamos por aqui.  Tranca-Ruas das Almas.

Psicografia de Thyago Avelino
Disponível no livro Águas de Aruanda

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