A existência dos
elementais, segundo os antigos anciãos e sábios do passado, explicava a
dinâmica do universo. Como seres reais, eram responsabilizados pelas mudanças
climáticas e correntes marítimas, pela precipitação da chuva ou pelo fato de
haver fogo, entre muitos outros fenômenos da natureza. Apesar de ser uma
explicação mitológica, própria da maneira pela qual se estruturava o
conhecimento na época, eles não estavam enganados. Tanto assim que, apesar de a
investigação científica não haver diagnosticado a existência concreta desses
seres através de seus métodos, as explicações dadas a tais fenômenos não
excluem a ação dos elementais. Pelo contrário.
Os sábios da
Antiguidade acreditavam que o mundo era formado por quatro elementos básicos:
terra, água, ar e fogo. Não obstante, com o transcorrer do tempo, a ciência
viesse a contribuir com maiores informações a respeito da constituição da
matéria, não tornou o conhecimento antigo obsoleto. A medicina milenar da
China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas pesquisas científicas
atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o ponto de vista da
magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar em conflito com as
explicações científicas modernas. Os magistas e ocultistas estabeleceram uma
classificação dos elementais sob o ponto de vista desses elementos,
considerando-os como forças da natureza ou tipos de energia.
Então os elementais
não possuem consciência de si mesmos? São apenas energia? Não. Os seres elementais,
irmãos nossos na criação divina, têm uma espécie de consciência instintiva.
Podemos dizer que sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se
agrupam em famílias, assim como os elementos de uma tabela periódica.
Os elementais são
entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza. Lá, em meio
aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria
exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo.
Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos
do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais
que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na natureza,
esses seres se agrupam segundo suas afinidades
Seriam então esses
agrupamentos aquilo que se chama de família? Isso mesmo! Essas famílias
elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele
elemento: fogo, terra, água e ar, conforme a especialidade, a natureza e a
procedência de cada uma delas.
Os elementais já
estiveram encarnados na Terra ou em outros mundos? Encarnações humanas, ainda
não. Eles procedem de uma larga experiência evolutiva nos chamados reinos
inferiores e, como princípios inteligentes, estão a caminho de uma humanização
no futuro, que somente Deus conhece. Hoje, eles desempenham um papel muito
importante junto à natureza como um todo, inclusive auxiliando os encarnados
nas reuniões mediúnicas e os desencarnados sob cuja ordem servem.
Como podem auxiliar
em reuniões mediúnicas? Como expliquei, podem-se classificar as famílias dos
elementais de acordo com os respectivos elementos. Junto ao ar, por exemplo,
temos a atuação dos silfos ou das sílfides, que se apresentam em estatura
pequena, dotados de intensa percepção psíquica. Eles diferem de outros
espíritos da natureza por não se apresentarem sempre com a mesma forma
definida, permanente. São constituídos de uma substância etérea, absorvida dos
elementos da atmosfera terrestre. Muitas vezes apresentam-se como sendo feitos
de luz e lembram pirilampos ou raios. Também conseguem se manifestar, em
conjunto, com um aspecto que remete aos efeitos da aurora boreal ou do
arco-íris.
Disso se depreende,
então, que os silfos são os mais evoluídos entre todas as famílias de
elementais? Eu diria apenas que os silfos são, entre todos os elementais, os
que mais se assemelham às concepções que os homens geralmente fazem a respeito
de anjos ou fadas. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte de
energia vital poderosa.
Então eles vivem unicamente na atmosfera? Nem todos. Muitos elementais da
família dos silfos possuem uma inteligência avançada e, devido ao grau de sua
consciência, oferecem sua contribuição para criar as correntes atmosféricas,
tão preciosas para a vida na Terra. Especializaram-se na purificação do ar
terrestre e coordenam agrupamentos inteiros de outros elementais. Quanto à sua
contribuição nos trabalhos práticos da mediunidade, pode-se ressaltar que os
silfos auxiliam na criação e manutenção de formas-pensamento, bem como na
estruturação de imagens mentais. Nos trabalhos de ectoplasmia, são auxiliares
diretos, quando há a necessidade de reeducação de espíritos endurecidos.
E os outros
elementais? Duas classes de elementais que merecem atenção são as ondinas e as
ninfas, ambas relacionadas ao elemento água. Geralmente são entidades que
desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e
lagoas, nos rios e cachoeiras e, na umbanda, são associadas ao orixá Oxum. As
ondinas estão ligadas mais especificamente aos riachos, às fontes e nascentes,
bem como ao orvalho, que se manifesta próximo a esses locais. Não podemos
deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira
mais intensa com a água doce. As ninfas, elementais que se parecem com as
ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e
irradiam intensa luminosidade.
Sendo assim, qual é
a diferença entre as ondinas e as ninfas, já que ambas são elementais das
águas? A diferença básica entre elas é suavidade e a doçura das ninfas, que
voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem
desempenhando uma coreografia aquática. Para completar, temos ainda as sereias,
personagens mitológicos que ilustraram por séculos as histórias dos marinheiros.
Na realidade, sereias e tritões são elementais ligados diretamente às
profundezas das águas salgadas. Possuem conotação feminina e masculina,
respectivamente. Nas atividades mediúnicas, são utilizados para a limpeza de
ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por espíritos do
mal.
Você pensou que
tudo isso não passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar que, em sua grande
maioria, as lendas e histórias consideradas como folclore apenas encobrem uma
realidade do mundo astral, com maior ou menor grau de fidelidade. É que os
homens ainda não estão preparados para conhecer ou confrontar determinadas
questões.
E as fadas? Bem,
podemos dizer que as fadas sejam seres de transição entre os elementos terra e
ar. Note-se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos,
ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz
branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas
junto à natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor
e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual,
adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas, templos e
casas espíritas. Especializaram-se em emitir determinada substância capaz de
manter por tempo indeterminado as formas mentais de ordem superior. Do mesmo
modo, auxiliam os espíritos superiores na elaboração de ambientes extra-físicos
com aparências belas e paradisíacas. E, ainda, quando espíritos perversos são
resgatados de seus antros e bases sombrias, são as fadas, sob a supervisão de
seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes. Transmutam
a matéria astral impregnada de fluidos tóxicos e daninhos em castelos de luz e
esplendor.
Temos ainda as
salamandras, que são elementais associados ao fogo. Vivem ligados àquilo que os
ocultistas denominaram éter e que os espíritas conhecem como fluido cósmico
universal. Sem a ação das salamandras o fogo material definitivamente não
existiria. Como o fogo foi, entre os quatro elementos, o primeiro manipulado
livremente pelo homem, e é parte de sua história desde o início da escalada
evolutiva, as salamandras acompanham o progresso humano há eras. Devido a essa
relação mais íntima e antiga com o reino hominal, esses elementais adquiriram o
poder de desencadear ou transformar emoções, isto é, podem absorvê-las ou
inspirá-las. São hábeis ao desenvolver emoções muito semelhantes às humanas e,
em virtude de sua ligação estreita com o elemento fogo, possuem a capacidade de
bloquear vibrações negativas, possibilitando que o homem usufrua de um clima
psíquico mais tranquilo.
Nas tarefas
mediúnicas e em contato com o comando mental de médiuns experientes, as
salamandras são potentes transmutadores e condensadores de energia. Auxiliam
sobremaneira na queima de objetos e criações mentais originadas ou associadas à
magia negra. Os espíritos superiores as utilizam tanto para a limpeza quanto
para a destruição de bases e laboratórios das trevas. Habitados por
inteligências do mal, são locais-chave em processos obsessivos complexos, onde,
entre diversas coisas, são forjados aparelhos parasitas e outros artefatos.
Objetos que, do mesmo modo, são destruídos graças à atuação das salamandras.
E os duendes e
gnomos? Também existem ou são obras da imaginação popular? Sem dúvida que
existem! Os duendes e gnomos são elementais ligados às florestas e, muitos
deles, a lugares desertos. Possuem forma anã, que lembra o aspecto humano.
Gostam de transitar pelas matas e bosques, dando sinais de sua presença através
de cobras e aves, como o melro, a graúna e também o chamado pai-do-mato.
Excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, são eles que
trazem os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma. Auxiliam assim
os espíritos superiores com elementos curativos, de fundamental importância em
reuniões de ectoplasmia e de fluidificação das águas.
Temos ainda os
elementais que se relacionam à terra, os quais chamamos de avissais. Geralmente
estão associados a rochas, cavernas subterrâneas e, vez ou outra, vêm à
superfície. Atuam como transformadores, convertendo elementos materiais em
energia. Também são preciosos coadjuvantes no trabalho dos bons espíritos,
notadamente quando há a necessidade de criar roupas e indumentárias para
espíritos materializados. Como estão ligados à terra, trazem uma cota de
energia primária essencial para a re-constituição da aparência perispiritual de
entidades materializadas, inclusive quando perderam a forma humana ou sentem-se
com os membros e órgãos dilacerados.
Não podia imaginar
que esses seres tivessem uma ação tão ampla e intensa.
Os elementais são
seres que ainda não passaram pela fase de humanidade. Oriundos dos reinos
inferiores da natureza e mais especificamente do reino animal, ainda não
ingressaram na espécie humana. Por essa razão trazem um conteúdo instintivo e
primário muito intenso. Para eles, o homem é um deus. É habitual, e até
natural, que obedeçam ao ser humano e, nesse processo, ligam-se â ele
intensamente. Portanto, meu filho, todo médium é responsável pelo bom ou mau
uso que faz dessas potências e seres da natureza.
Ondinas, sereias,
gnomos e fadas são apenas denominações de um vocabulário humano, que
tão-somente disfarçam a verdadeira face da natureza extrafísica, bem mais ampla
que as percepções ordinárias dos simples mortais. Em meio à vida física, às
experiências cotidianas do ser humano, enxameiam seres vivos, atuantes e
conscientes. O universo todo está repleto de vida, e todos os seres colaboram
para o equilíbrio do mundo. A surpresa com a revelação dessa realidade apenas
exprime nossa profunda ignorância quanto aos "mistérios" da criação.
As questões
relativas aos seres elementais levantam, ainda, novo questionamento. Os
elementais — sejam gnomos, duendes, salamandras ou quaisquer outros — são seres
que advêm de um longo processo evolutivo e que estagiaram no reino animal em
sua fase imediatamente anterior de desenvolvimento. Portanto, devem ter uma
espécie de consciência fragmentária. Onde e em que momento está o elo de
ligação desses seres com a humanidade? Quer dizer, em que etapa da cadeia
cósmica de evolução esses seres se humanizarão e passarão a ser espíritos,
dotados de razão? Até hoje os cientistas da Terra procuram o chamado "elo
perdido". Estão atrás de provas concretas, materiais da união entre o
animal e o ser humano e buscam localizar o exato momento em que isso teria
ocorrido. Em vão. Os espíritos da natureza, seres que concluíram seu processo
evolutivo nos reinos inferiores à espécie humana, vivem na fase de transição
que denominamos elemental. Entretanto, o processo de humanização, ou, mais
precisamente, o instante sideral em que adquirem a luz da razão e passam a ser
espíritos humanos, apenas o Cristo conhece. Jesus, como representante máximo do
Pai no âmbito do planeta Terra, é o único que possui a ciência e o poder de
conceder a esses seres a luz da razão. E isso não se passa na Terra, mas em
mundos especiais, preparados para esse tipo de transição. Quando soar a hora
certa no calendário da eternidade, esses seres serão conduzidos aos mundos de
transição, adormecidos e, sob a interferência direta do Cristo, acordarão em
sua presença, possuidores da chama eterna da razão. A partir de então,
encaminhados aos mundos primitivos, vivenciarão suas primeiras encarnações
junto às humanidades desses orbes. Esse é o motivo que ocasiona o fracasso da
busca dos cientistas: procuram, na Terra, o elo de ligação, o elo perdido entre
o mundo animal e o humano. Não o encontrarão jamais. As evidências não estão no
planeta Terra, mas pertencem exclusivamente ao plano cósmico, administrado pelo
Cristo.
O plano da criação
é verdadeiramente grandioso, e a compreensão desses aspectos desperta em nós
uma reverencia profunda ao autor da vida.
Fonte:
Livro:
Aruanda
Médium:
Robson Pinheiro
Espírito:
Ângelo Inácio
Editora:
Casa dos Espíritos Editora
A existência dos
elementais, segundo os antigos anciãos e sábios do passado, explicava a
dinâmica do universo. Como seres reais, eram responsabilizados pelas mudanças
climáticas e correntes marítimas, pela precipitação da chuva ou pelo fato de
haver fogo, entre muitos outros fenômenos da natureza. Apesar de ser uma
explicação mitológica, própria da maneira pela qual se estruturava o
conhecimento na época, eles não estavam enganados. Tanto assim que, apesar de a
investigação científica não haver diagnosticado a existência concreta desses
seres através de seus métodos, as explicações dadas a tais fenômenos não
excluem a ação dos elementais. Pelo contrário.
Os sábios da
Antiguidade acreditavam que o mundo era formado por quatro elementos básicos:
terra, água, ar e fogo. Não obstante, com o transcorrer do tempo, a ciência
viesse a contribuir com maiores informações a respeito da constituição da
matéria, não tornou o conhecimento antigo obsoleto. A medicina milenar da
China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas pesquisas científicas
atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o ponto de vista da
magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar em conflito com as
explicações científicas modernas. Os magistas e ocultistas estabeleceram uma
classificação dos elementais sob o ponto de vista desses elementos,
considerando-os como forças da natureza ou tipos de energia.
Então os elementais
não possuem consciência de si mesmos? São apenas energia? Não. Os seres elementais,
irmãos nossos na criação divina, têm uma espécie de consciência instintiva.
Podemos dizer que sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se
agrupam em famílias, assim como os elementos de uma tabela periódica.
Os elementais são
entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza. Lá, em meio
aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria
exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo.
Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos
do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais
que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na natureza,
esses seres se agrupam segundo suas afinidades
Seriam então esses
agrupamentos aquilo que se chama de família? Isso mesmo! Essas famílias
elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele
elemento: fogo, terra, água e ar, conforme a especialidade, a natureza e a
procedência de cada uma delas.
Os elementais já
estiveram encarnados na Terra ou em outros mundos? Encarnações humanas, ainda
não. Eles procedem de uma larga experiência evolutiva nos chamados reinos
inferiores e, como princípios inteligentes, estão a caminho de uma humanização
no futuro, que somente Deus conhece. Hoje, eles desempenham um papel muito
importante junto à natureza como um todo, inclusive auxiliando os encarnados
nas reuniões mediúnicas e os desencarnados sob cuja ordem servem.
Como podem auxiliar
em reuniões mediúnicas? Como expliquei, podem-se classificar as famílias dos
elementais de acordo com os respectivos elementos. Junto ao ar, por exemplo,
temos a atuação dos silfos ou das sílfides, que se apresentam em estatura
pequena, dotados de intensa percepção psíquica. Eles diferem de outros
espíritos da natureza por não se apresentarem sempre com a mesma forma
definida, permanente. São constituídos de uma substância etérea, absorvida dos
elementos da atmosfera terrestre. Muitas vezes apresentam-se como sendo feitos
de luz e lembram pirilampos ou raios. Também conseguem se manifestar, em
conjunto, com um aspecto que remete aos efeitos da aurora boreal ou do
arco-íris.
Disso se depreende,
então, que os silfos são os mais evoluídos entre todas as famílias de
elementais? Eu diria apenas que os silfos são, entre todos os elementais, os
que mais se assemelham às concepções que os homens geralmente fazem a respeito
de anjos ou fadas. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte de
energia vital poderosa.
Então eles vivem unicamente na atmosfera? Nem todos. Muitos elementais da família dos silfos possuem uma inteligência avançada e, devido ao grau de sua consciência, oferecem sua contribuição para criar as correntes atmosféricas, tão preciosas para a vida na Terra. Especializaram-se na purificação do ar terrestre e coordenam agrupamentos inteiros de outros elementais. Quanto à sua contribuição nos trabalhos práticos da mediunidade, pode-se ressaltar que os silfos auxiliam na criação e manutenção de formas-pensamento, bem como na estruturação de imagens mentais. Nos trabalhos de ectoplasmia, são auxiliares diretos, quando há a necessidade de reeducação de espíritos endurecidos.
Então eles vivem unicamente na atmosfera? Nem todos. Muitos elementais da família dos silfos possuem uma inteligência avançada e, devido ao grau de sua consciência, oferecem sua contribuição para criar as correntes atmosféricas, tão preciosas para a vida na Terra. Especializaram-se na purificação do ar terrestre e coordenam agrupamentos inteiros de outros elementais. Quanto à sua contribuição nos trabalhos práticos da mediunidade, pode-se ressaltar que os silfos auxiliam na criação e manutenção de formas-pensamento, bem como na estruturação de imagens mentais. Nos trabalhos de ectoplasmia, são auxiliares diretos, quando há a necessidade de reeducação de espíritos endurecidos.
E os outros
elementais? Duas classes de elementais que merecem atenção são as ondinas e as
ninfas, ambas relacionadas ao elemento água. Geralmente são entidades que
desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e
lagoas, nos rios e cachoeiras e, na umbanda, são associadas ao orixá Oxum. As
ondinas estão ligadas mais especificamente aos riachos, às fontes e nascentes,
bem como ao orvalho, que se manifesta próximo a esses locais. Não podemos
deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira
mais intensa com a água doce. As ninfas, elementais que se parecem com as
ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e
irradiam intensa luminosidade.
Sendo assim, qual é
a diferença entre as ondinas e as ninfas, já que ambas são elementais das
águas? A diferença básica entre elas é suavidade e a doçura das ninfas, que
voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem
desempenhando uma coreografia aquática. Para completar, temos ainda as sereias,
personagens mitológicos que ilustraram por séculos as histórias dos marinheiros.
Na realidade, sereias e tritões são elementais ligados diretamente às
profundezas das águas salgadas. Possuem conotação feminina e masculina,
respectivamente. Nas atividades mediúnicas, são utilizados para a limpeza de
ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por espíritos do
mal.
Você pensou que
tudo isso não passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar que, em sua grande
maioria, as lendas e histórias consideradas como folclore apenas encobrem uma
realidade do mundo astral, com maior ou menor grau de fidelidade. É que os
homens ainda não estão preparados para conhecer ou confrontar determinadas
questões.
E as fadas? Bem,
podemos dizer que as fadas sejam seres de transição entre os elementos terra e
ar. Note-se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos,
ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz
branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas
junto à natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor
e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual,
adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas, templos e
casas espíritas. Especializaram-se em emitir determinada substância capaz de
manter por tempo indeterminado as formas mentais de ordem superior. Do mesmo
modo, auxiliam os espíritos superiores na elaboração de ambientes extra-físicos
com aparências belas e paradisíacas. E, ainda, quando espíritos perversos são
resgatados de seus antros e bases sombrias, são as fadas, sob a supervisão de
seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes. Transmutam
a matéria astral impregnada de fluidos tóxicos e daninhos em castelos de luz e
esplendor.
Temos ainda as
salamandras, que são elementais associados ao fogo. Vivem ligados àquilo que os
ocultistas denominaram éter e que os espíritas conhecem como fluido cósmico
universal. Sem a ação das salamandras o fogo material definitivamente não
existiria. Como o fogo foi, entre os quatro elementos, o primeiro manipulado
livremente pelo homem, e é parte de sua história desde o início da escalada
evolutiva, as salamandras acompanham o progresso humano há eras. Devido a essa
relação mais íntima e antiga com o reino hominal, esses elementais adquiriram o
poder de desencadear ou transformar emoções, isto é, podem absorvê-las ou
inspirá-las. São hábeis ao desenvolver emoções muito semelhantes às humanas e,
em virtude de sua ligação estreita com o elemento fogo, possuem a capacidade de
bloquear vibrações negativas, possibilitando que o homem usufrua de um clima
psíquico mais tranquilo.
Nas tarefas
mediúnicas e em contato com o comando mental de médiuns experientes, as
salamandras são potentes transmutadores e condensadores de energia. Auxiliam
sobremaneira na queima de objetos e criações mentais originadas ou associadas à
magia negra. Os espíritos superiores as utilizam tanto para a limpeza quanto
para a destruição de bases e laboratórios das trevas. Habitados por
inteligências do mal, são locais-chave em processos obsessivos complexos, onde,
entre diversas coisas, são forjados aparelhos parasitas e outros artefatos.
Objetos que, do mesmo modo, são destruídos graças à atuação das salamandras.
E os duendes e
gnomos? Também existem ou são obras da imaginação popular? Sem dúvida que
existem! Os duendes e gnomos são elementais ligados às florestas e, muitos
deles, a lugares desertos. Possuem forma anã, que lembra o aspecto humano.
Gostam de transitar pelas matas e bosques, dando sinais de sua presença através
de cobras e aves, como o melro, a graúna e também o chamado pai-do-mato.
Excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, são eles que
trazem os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma. Auxiliam assim
os espíritos superiores com elementos curativos, de fundamental importância em
reuniões de ectoplasmia e de fluidificação das águas.
Temos ainda os
elementais que se relacionam à terra, os quais chamamos de avissais. Geralmente
estão associados a rochas, cavernas subterrâneas e, vez ou outra, vêm à
superfície. Atuam como transformadores, convertendo elementos materiais em
energia. Também são preciosos coadjuvantes no trabalho dos bons espíritos,
notadamente quando há a necessidade de criar roupas e indumentárias para
espíritos materializados. Como estão ligados à terra, trazem uma cota de
energia primária essencial para a re-constituição da aparência perispiritual de
entidades materializadas, inclusive quando perderam a forma humana ou sentem-se
com os membros e órgãos dilacerados.
Não podia imaginar
que esses seres tivessem uma ação tão ampla e intensa.
Os elementais são
seres que ainda não passaram pela fase de humanidade. Oriundos dos reinos
inferiores da natureza e mais especificamente do reino animal, ainda não
ingressaram na espécie humana. Por essa razão trazem um conteúdo instintivo e
primário muito intenso. Para eles, o homem é um deus. É habitual, e até
natural, que obedeçam ao ser humano e, nesse processo, ligam-se â ele
intensamente. Portanto, meu filho, todo médium é responsável pelo bom ou mau
uso que faz dessas potências e seres da natureza.
Ondinas, sereias,
gnomos e fadas são apenas denominações de um vocabulário humano, que
tão-somente disfarçam a verdadeira face da natureza extrafísica, bem mais ampla
que as percepções ordinárias dos simples mortais. Em meio à vida física, às
experiências cotidianas do ser humano, enxameiam seres vivos, atuantes e
conscientes. O universo todo está repleto de vida, e todos os seres colaboram
para o equilíbrio do mundo. A surpresa com a revelação dessa realidade apenas
exprime nossa profunda ignorância quanto aos "mistérios" da criação.
As questões
relativas aos seres elementais levantam, ainda, novo questionamento. Os
elementais — sejam gnomos, duendes, salamandras ou quaisquer outros — são seres
que advêm de um longo processo evolutivo e que estagiaram no reino animal em
sua fase imediatamente anterior de desenvolvimento. Portanto, devem ter uma
espécie de consciência fragmentária. Onde e em que momento está o elo de
ligação desses seres com a humanidade? Quer dizer, em que etapa da cadeia
cósmica de evolução esses seres se humanizarão e passarão a ser espíritos,
dotados de razão? Até hoje os cientistas da Terra procuram o chamado "elo
perdido". Estão atrás de provas concretas, materiais da união entre o
animal e o ser humano e buscam localizar o exato momento em que isso teria
ocorrido. Em vão. Os espíritos da natureza, seres que concluíram seu processo
evolutivo nos reinos inferiores à espécie humana, vivem na fase de transição
que denominamos elemental. Entretanto, o processo de humanização, ou, mais
precisamente, o instante sideral em que adquirem a luz da razão e passam a ser
espíritos humanos, apenas o Cristo conhece. Jesus, como representante máximo do
Pai no âmbito do planeta Terra, é o único que possui a ciência e o poder de
conceder a esses seres a luz da razão. E isso não se passa na Terra, mas em
mundos especiais, preparados para esse tipo de transição. Quando soar a hora
certa no calendário da eternidade, esses seres serão conduzidos aos mundos de
transição, adormecidos e, sob a interferência direta do Cristo, acordarão em
sua presença, possuidores da chama eterna da razão. A partir de então,
encaminhados aos mundos primitivos, vivenciarão suas primeiras encarnações
junto às humanidades desses orbes. Esse é o motivo que ocasiona o fracasso da
busca dos cientistas: procuram, na Terra, o elo de ligação, o elo perdido entre
o mundo animal e o humano. Não o encontrarão jamais. As evidências não estão no
planeta Terra, mas pertencem exclusivamente ao plano cósmico, administrado pelo
Cristo.
O plano da criação
é verdadeiramente grandioso, e a compreensão desses aspectos desperta em nós
uma reverencia profunda ao autor da vida.
Fonte:
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